Mesmo com o termo “diretor escolar” em desuso, a candidata do PSDB, Ana Lúcia, insiste em ser chamada assim. De início é preciso esclarecer que há algum tempo as pessoas que lideram as escolas são chamadas de “gestores”. O que demonstra maior engajamento com a comunidade e mais flexibilidade nas decisões escolares. O que tende a retirar a visão autoritária do obsoleto “diretor”.
Ana não apenas se sente confortável com o termo, como age assim quando o assunto é política. Ex-funcionários de seu gabinete relatam a cobrança excessiva e o estilo durona de comandar pessoas.
Já em sua trajetória política, onde foi por duas vezes vereadora e agora está como vice-prefeita, sempre se comportou como diretora e menos como gestora — e menos ainda como política. Em mais de uma década em que exerce mandato eletivo não foi capaz de construir pontes, conquistar aliados e formar grupo político. Quando se viu como administradora do Jardim Ingá — seu reduto eleitoral, logo desistiu quando viu que precisava deixar de ser diretora e se tornar gestora e agir politicamente.
Na tentativa de ser prefeita conseguiu a façanha de perder dois importantes apoios, a do suplente de deputado estadual, Eliel Júnior (SD) e do presidente do próprio partido, Edgar. Não conseguiu partidos aliados para a sua coligação (apenas dois) e está ligada a muitas figuras inexpressivas na política local. Estava tão acostumada a ser diretora que teve que procurar seu grande adversário, Cristóvão Tormin (PRD), para ajudá-la em sua campanha à prefeita de Luziânia.
Uma pessoa muito próxima da “diretora” sempre afirmou, “Ana não ouve ninguém”. Eliel Júnior repete algo parecido, assim como o senhor Edgar. Com isso conclui-se, ou Ana deixa de ser diretora e vira política ou terá dificuldades tremendas de ser prefeita de Luziânia.
Comentários: